sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Para refletir sobre nossa cidade...


Escrito por Mhércio Monteiro

Advogado / Especialista em Gestão Pública.

Colunista do Blog Agravo

O relatório preliminar do Censo 2010 do IBGE conduz a uma grave e triste constatação: Ilhéus vem perdendo rapidamente substância econômica. Segundo o IBGE, ilhéus perderá a hegemonia populacional e econômica da região, para sua filha, Itabuna. A realidade dos dados é sentida nas ruas, nas praças e principalmente, na “falta do que fazer” de muitos dos guerreiros que insistem em sobreviver por essas bandas.

Desde o final da década de 80, Ilhéus vem sendo vítima (e ao mesmo tempo responsável) por uma política administrativa absolutamente equivocada, superficial e principalmente omissa. Sucessivos prefeitos aceitaram pacificamente o papel de meros “chefes de departamento pessoal”, limitando-se a relacionar o “sucesso” de sua gestão ao pagamento pontual do funcionalismo público municipal.

A sociedade ilheense, por características próprias, acordou tardiamente para a real capacidade do poder da política promover a transformação social de que tanto necessita a cidade. Na eterna esperança do retorno da lavoura cacaueira, ilhéus se fechou para o desenvolvimento de outras áreas, enquanto outras cidades da Bahia curvaram-se a realidade mais precocemente, a exemplo de Vitória da Conquista pós ciclo do Café, dentre outras.

O retrato atual, demonstra a inexistência de uma só obra significativa realizada em Ilhéus nos últimos 20 anos que tenha como autor e executor exclusivo o Município de Ilhéus. Naturalmente não me refiro, propositalmente, a obra oriundas de convênios com outros entes, essas são poucas, mas existem. Ao meu ver, a crise fiscal do município ilheense é mais grave de sua história, e o horizonte é um convite a ação.

Nenhum fornecedor - com o mínimo de juízo - envereda-se a participar de uma licitação em ilhéus, afinal o risco de calote é altíssimo, a menos que se tenha outras formas de exercer pressão e receber o pagamento, claro, sempre com um custo alto.

A deficiência de governança vem abraçada com o total improviso no planejamento urbano. Há alguns anos atrás, um ex-prefeito permitiu (por ação ou omissão) a invasão a um manguezal na entrada da cidade, e, com influência familiar, “posteou” o local e levou energia elétrica para invasores de uma área de preservação ambiental.

Anos depois, o mesmo aconteceu no leito rio Almada, no bairro da Barra. Alí também surgiu uma nova favela com a solene omissão dos prefeitos que se sucederam. Faltou coragem de desgastar-se com uma parcela da sociedade, em defesa do futuro da cidade.

O desafio do próximo prefeito de ilhéus, seja ele qual for, será desafio de vida, de mudança de paradigma, ignorando o feijão com arroz, e cuidando de dar um choque de ordem na cidade, sem seu sentido mais amplo.

O novo administrador tem o dever de rever completamente o caminhar de Ilhéus e evitar o pior. É necessário coragem para quebrar o padrão hoje existente, de compadrio, de omissão, de ausência de protagonismo local e regional. O município de Ilhéus tem que exercer sua liderança histórica, para ser respeitado, para pleitear junto às esferas estadual e federal, aquilo que lhe é de direito.

É necessário alguém com coragem suficiente para re-construir parâmetros mínimos de decência, responsabilidade fiscal e inovação, abandonados ao longo dos últimos 20 anos, em nome da clássica demagogia do voto em troca de terreno, ainda que seja num manguezal protegido por Lei Federal.

O primeiro desafio me parece elementar: tornar a prefeitura municipal na indutora do crescimento econômico da cidade, a luz de um planejamento estratégico, com uma cultura de atração de investimentos privados de alto valor agregado.

Não entendo até hoje por que Ilhéus não possui nenhuma indústria de chocolate. Quem conhece a fábrica dos “Chocolates Garoto” em Vila Velha, no Espírito Santo, sabe do que estou me referindo.


Não entendo por que o filho mais ilustre, Jorge Amado, não possui uma praça a altura de sua obra e importância mundial. Apenas para registro, em Paris, quase a totalidade dos pontos turísticos foram criados pela interferência direta do homem, quase sempre em homenagens a personagens, datas, ou eventos. Aqui, sequer exaltamos a beleza natural dada por Deus, muito menos existe alguma intervenção humana reverenciada adequadamente.

A perspectiva de construção da Ferrovia Oeste Leste e de um novo Porto para o município só farão algum sentido se ilhéus for capaz de atrair investimentos perenes, não somente que sustente a lógica da exportação, mas, que seja capaz de sobreviver as alternâncias do comércio internacional.

Na eminência de se construir a ferrovia, é imperioso pensar agora o que desejamos dela. Seria importantíssimo que Ilhéus lutasse para ter uma siderúrgica, como beneficiamento do minério de ferro produzido pela região de Caetité. Nesse ponto de partida seria natural a vinda de outras indústrias satélites, dependentes da primeira, como por exemplo, a metalurgia.

Fala-se também na construção de um novo aeroporto, alguém já discutiu o que será feito com a área do antigo sítio aeroportuário? Esse imóvel será devolvido ao município ou ao Estado? Ilhéus precisa antecipar debates e visualizar soluções antes que os problemas surjam.

Penso que a hipótese mais razoável é a da devolução/doação da área para o município (mediante ajuste com a União), entendo que seria possível a obtenção de novas receitas com a nova perspectiva, na medida em que, em sendo elevado o gabarito dos imóveis da região do pontal, haveria uma grande procura pelo imóbiliária.

Aliás, fato parecido vem acontecendo em Salvador, na região da avenida paralela. A possibilidade hipotética que me agrada seria a da elevação do gabarito exclusivamente para a área do antigo aeroporto e a alienação dela, pelo município para parceiros privados, com significativos ganhos de receita, cumulados paralelamente a ganhos sociais, como a melhoria das redes pluviais e de saneamento, compatíveis a nova realidade demográfica daquela região, inclusive com novas avenidas e praças.

Há outros debates a ser fazer, como se nota, existem discussões profundas sobre o futuro de Ilhéus. Seja qual for o novo gestor, o desafio é planejar ilhéus para os nossos netos passa pela atuação de hoje. O Censo 2010 sinaliza que algo necessita ser feito, o primeiro passo é pensar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pensamentos e reflexões de última hora

Sem ter o que fazer no estágio... Resolvi escrever.
As vezes tento entender o porquê que escrevo, na verdade escrevo porque não tenho pra quem dizer, com quem conversar. Coisas simples do tipo: como foi meu dia, o que me preocupa, o que me faz feliz, ou simplesmente coisas bobas que penso durante o dia. Eu converso muito sozinha ou como prefiro dizer com Deus. Em geral, sempre fico na dúvida se ele que está respondendo ou só minha consciência...Rsrs.
Muitas vezes chego a imaginar coisas, inventar situações, personagens, tudo para passar o tempo. É estranho porque chego a pensar que as pessoas na rua devem me achar maluca. Em certos momentos eu realmente converso "batendo a boca" como se alguém estivesse ao meu lado, dou risada.
Em geral gosto de cantar, não sou tão afinada, mas também não tenho a voz tão horripilante.
Nesse momento, quem ler, deve se perguntar: você mora sozinha? A resposta é não. Mas as vezes penso que sim. Quando minha mãe está em casa (um pouco dificil), costumo chegar do estágio conversamos um pouco. Não é tão ruim. Mas quando ela não está... Só fica minha irmã e meu irmão agregado...No normal eles estão tão imersos em seu mundo que pouco se dão conta de minha presença. Essa é outra reflexão que sempre me faço, na rua, em casa, nos locais por onde passo costumo observar as pessoas, o ser humano.
Creio que estamos nos perdendo em meio aos desafios do cotidiano. Talvez por isso ocorram mais suicídios do que nunca. Ninguém liga para o outro, seus problemas são sempre mais importante, o trabalho é mais importante, ter dinheiro é mais importante. Ninguém mais se lembra que viver é importante, se importar com o outro é importante. Estamos perdidos nesse mundo e as coisas vão de mal a pior.

domingo, 28 de novembro de 2010

Escolhas



Sempre guardei em mim a idéia de que a vida é uma sucessão de fases, uma sequencia de etapas e barreiras a serem vencidas, mas é fato que as barreiras sempre existirão, sim, estamos fadados a sempre superar algo. As fases se completam e nos completam, em cada fase levamos um pedaço do que vivemos, poderíamos arriscar dizer que nossa essencia é sempre lapidada por elas, a cada etapa algo muda, em cada vivência adquirimos ou perdemos algo, erramos, acertamos e apredemos. Nossa personalidade vai sendo formada e construída, tal qual uma pedra bruta se tranforma em uma delineada escultura. Se arriscarmos a tentativa de dermarcarmos nossas fases veríamos como são nítidas cada linha de separação. O fato é que de alguma forma construímos ativamente nossa vida e somos construídos de acordo com as circunstâncias de cada fase que passamos. Apredemos com nossos mecaninsmos reponder às necessidades que passamos, a incorporar fatores que necessitamos, remover outros, alterar alguns, lutar por outros, enfim, atraves do momento em que temos a possibilidade de escolher o que vai fazer parte de nós ou não, percebemos que o resultado final é de nossa responsabilidade, por mais que as situações que se passem sejam as piores ou as mais inusitadas o que conta é o que faremo a partir delas, o que escolheremos seguir. Seria tolice afirmar que todo resultado é somente imposição Divina, afinal, Deus nos dá situações e espera de nós as atitudes. O que você tem feito com as circunstâncias que Deus o coloca ? Construído sua vida ativamente buscando força, ou agindo passivamente como expectador de sua própria existência ?
Pense nisto!
Pra quem gostou acesse: http://confidenciando-me.blogspot.com/

Passado, presente e futuro...


“O passado é passado”, é assim que escutamos o ditado popular. Mas mesmo assim, permanece conosco de uma maneira ou outra, e podem ser desde um incômodo leve à criação de traumas emocionais debilitantes. Nem sempre é tão fácil "deixar o passado para trás." Todavia, se retornamos a ele para encontrar a cura isto pode ser crucial e definir um rumo para a saúde e integridade no futuro.

Há coisas do meu passado que eu pensei que tinha tratado e esquecido, até que o passado me cumprimentou e pediu para ser meu amigo! No começo eu não queria nada com o passado, mas finalmente resolvi ceder à reunião do passado face a rosto, permitindo que o passado para pedir perdão. As reuniões que se seguiram trouxeram a raiva, lágrimas, diversão, esperança, sorrisos, lembrando, e outras infinitas emoções. Minhas palavras ao Passado foram: "Não vou me abater com meu passado. Vamos discuti-lo, resolvê-lo, e seguir em frente".

O passado, que eu encontrei recentemente, representa um período da minha vida do qual eu tenho a certeza que jamais esquecerei. Embora eu tenha trabalhado através das mágoas e dores emocionais, uma parte de mim nunca será completamente curada. Sou grata ao passado, pois teve a coragem de introduzir-se na minha vida atual, a fim de reparar erros antigos.

Apesar da fala dura e do tumulto emocional que resultou das discussões, as feridas estão sendo curadas de uma forma que eu nunca acreditei que aconteceria. Em seu lugar eu estou ganhando nova força, a reconciliação, quem sabe? Como bem diz o filósofo ”só sei que nada sei”, a única coisa da qual tenho realmente conhecimento é que esse processo evolutivo irá completar um ciclo em minha vida e talvez continue no futuro. Um futuro onde dois agora estão se tornando mais forte e que mesmo separados conseguirão seguir sua vidas finalmente em paz.

Obrigado, Passado, para ressuscitar para o presente, a fim de me dar um novo sopro de perdão e de saúde emocional, e pela oportunidade de enfim promover a mudança que me faltava!

Às vezes não devemos deixar o passado para trás, devemos saudá-lo e abraçar-lo no presente... Para enfrentá-lo de frente e dizer "eu sinto muito" ou "Eu te perdôo", para transformar a mágoa em esperança e estabelecer um brilhante, futuro mais rico e promissor.

"Resolver o que está por trás, e avançar para o futuro." Esse é o meu lema, hoje e sempre.

Férias da faculdade- Mais um post de última hora!

Acabou o semestre, Graças a Deus, pois já não aguentava mais!
Agora posso me dedicar somente a academia e ao novo estágio. Ah sim, muito triste, tive que sair do balcão pois consegui um estágio muito bom aqui na cidade, minha viagem do Rio teve que ser adiada, mas o que há de se fazer?
Mas vamos ao que interessa: postarei aqui dois textos, um feito por mim e outro com o título "Escolhas" que li em um blog com vários poemas muito bons.
Espero que se identifiquem!
Natal e ano chegando...Estou preparando um post bem legal!
Até mais... Beijos a todos!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Entre textos e faculdade...

Os textos aqui no Blog estão meio parados...Rsrs
Mas é tanta coisa... É faculdade, é monitoria, aula de violão, Semana jurídica, estudar, estudar e estudar... Trabalhos, mediação!! Há meses nem sei o que é sair para ir a praia! E olha que eu moro quase de frente! hauehuahe Chego em casa morta!
Deixa a semana de provas passar que tudo vai voltar ao normal... Já estou até vendo possíveis temas para escrever!
Até isso acabar postei a parte final daquele post "o reconhecimento de uma alma"...
É uma boa leitura, vale conferir! Beijos a todos!...
O RECONHECIMENTO DE UMA ALMA PARTE 2 FINAL

Nem sempre as pessoas se casam com a alma gêmea a que estamos mais fortemente ligados. Pode existir mais do que uma para nós, pois as famílias de almas viajam juntas. Podemos decidir casar com uma alma companheira à qual estamos menos ligados, uma que tenha algo específico para nos ensinar ou para aprender conosco. O reconhecimento de uma alma gêmea pode acontecer mais tarde, depois de ambos estarmos comprometidos com as famílias da vida atual. Ou a alma a que estamos mais fortemente ligados pode ser um dos nossos pais, um filho, um irmão. Ou a ligação mais forte pode ser com uma alma que não tenha encarnado durante a nossa vida, mas que está a tomar conta de nós do outro lado, como um anjo da guarda.

Por vezes, a nossa alma gêmea está disponível e disposta a uma relação. Ele ou ela podem reconhecer a paixão e a química entre os dois, os laços íntimos e sutis que implicam ligações ao longo de muitas vidas. No entanto, ele ou ela podem ser prejudiciais para nós. É uma questão de desenvolvimento de almas.

Se uma alma é menos desenvolvida e mais ignorante do que a outra, traços de violência, avareza, ciúme, ódio e medo podem surgir na relação. Estas tendências são prejudiciais para a alma mais evoluída, mesmo vindo de uma alma gêmea. Frequentemente, fantasias de salvamento surgem com o pensamento "Eu posso mudá-lo; posso ajudá-lo a crescer." Se ele não permitir a nossa ajuda, se no seu livre arbítrio decidir não aprender, não crescer, a relação está condenada.

Talvez haja outra oportunidade noutra vida, a não ser que ele acorde tarde, mas acorde, nessa mesma. Despertares tardios também acontecem.

Por vezes, as almas gêmeas decidem não casar enquanto encarnadas. Conseguem encontrar-se e se mantêm juntas até que a tarefa ajustada esteja cumprida e, então, continuam os seus projetos separados, pois, talvez os seus planos de aprendizagem para toda esta vida são diferentes e não querem ou não precisam de passar a vida juntas. O que não é uma tragédia, apenas uma questão de aprendizagem. As duas têm a vida eterna juntas em companhia uma da outra, mas por vezes necessitam de participar em aulas separadas.

Uma alma gêmea que esteja disponível, mas adormecida, é uma figura trágica e pode causar grande angústia. Adormecida significa que ele ou ela não vê a vida claramente, não está consciente dos vários níveis de existência. Adormecido significa não saber nada sobre almas. Geralmente é a consciência prática do cotidiano que impede o despertar.

Ouvimos as desculpas da mente todo o tempo. Sou demasiado jovem; necessito de mais experiência; ainda não estou pronto para assentar; és de uma religião diferente (ou raça, região, estrato social, nível intelectual, base cultural e assim sucessivamente). Isto são desculpas, pois as almas não possuem nenhum destes atributos.

A pessoa pode reconhecer a química. A atração está lá em definitivo, mas a origem da química não é compreendida. É ilusório acreditar que essa paixão, esse reconhecimento da alma, essa atração sejam facilmente encontrados de novo com outra pessoa. Não se tropeça numa alma gêmea todos os dias, talvez só mais uma ou duas vezes numa vida. A graça divina pode recompensar um bom coração, uma alma cheia de amor.

Nunca nos devemos preocupar em encontrar a alma gêmea. Tais encontros são coisa do destino.Ocorrerão. Depois do encontro, reina o livre arbítrio de ambas as partes. Que decisões são ou não tomadas é uma questão de livre arbítrio,de escolha. Os mais adormecidos tomarão decisões baseados na mente e em todos os seus medos e preconceitos. Infelizmente, isto muitas vezes resulta em corações partidos. Quanto mais desperto estiver o casal, maior a probabilidade de uma decisão ser baseada no amor. Quando os dois parceiros estão despertos, o êxtase está ao seu alcance.

OBS: As duas últimas postagens foram retiradas do livro "Só o amor é real" que trata do encontro de duas almas gêmeas.

É uma boa leitura, além de uma história fantástica, traz mensagens maravilhosas. Sempre que puder estarei postando algumas que destaquei.